- “Farei tudo para que os homens se convençam de sua transcendência; serei
uma ponte pela qual os espíritos atravessem a barreira das dimensões e se
mostrem aos cépticos... O Mundo Espiritual carece de ser maior realidade na
Terra!... Os médiuns estão doando pouco de si; pretendo, sem perder tempo,
oferecer o máximo para que a idéia da imortalidade se propague – este será o golpe
de morte no materialismo! Sem que o homem se conscientize do seu porvir
espiritual, a reencarnação não deixará de ser para ele uma espécie de circulo
vicioso...”
Esta é uma frase de um dos
alunos do Liceu (escola para formação de médiuns) as vésperas de reencarnar,
relatada pelo Prof. Odilon ao Dr. Inácio, afirmando que seus alunos são orientados
e incentivados a se fortalecerem, face aos desafios que terão que enfrentar no
plano terreno.
Este diálogo do Prof.
Odilon se fez necessário quando o Dr. Inácio se mostrou triste face ao trabalho
que ele realiza no hospital (recuperação de espíritos insanos desencarnados por
condição de suicídio, vícios, etc...), alegando que também lida com médiuns,
com uma diferença do Prof. Odilon que forma os médiuns. Ele o Dr. Inácio,
trabalha com a recuperação de espíritos dementes e nesta condição os recursos terapêuticos
são de menores efeitos, visto que eles perderão a força de vontade pessoal para
sua melhoria, ao comparar o trabalho que realizava quando encarnado como
Diretor Clínico no Sanatório Espirita de Uberaba onde lá ainda podia doutrinar
os espíritos obsessores.
Um fragmento de memória
lembra-me de meus estudos iniciais sobre a doutrina espírita, mais precisamente
por volta de 1998, naquela ocasião passei a participar de reuniões de estudo do
no GERA – Grupo Espírita Renovação e Amor, onde o meu primeiro contato se deu
com o livro Evangelho Segundo o Espiritismo, aliás, passados todos estes anos,
afirmo que ele nos revela a expressão maior de Jesus Cristo no contexto da Evolução
Moral do homem encarnado e desencarnado. Leitura maravilhosa para os tempos
atuais e nos que virão, focada no exercício do amor e da caridade.
O que me chamou a atenção para
uma reflexão no livro “Na Próxima Dimensão” de autoria do Dr. Inácio e
psicografado pelo médium Carlos A. Baccelli, é o parágrafo descrito a seguir: “No antigamente considerado vale dos
suicidas, foram construídas enfermarias
e hospitais, escolas e oficinas de trabalho, pois aos nossos irmãos que
cometeram o gesto tresloucado e ilusório do auto-extermínio é suficiente, como
corrigenda, o fato de saberem o que os espera numa nova existência no corpo.
Nós, os homens, não somos chamados a ser os agentes da Lei do Carma! Sem que
careça ser, por ninguém, incentivando a isto, cada qual colherá o que planta.”
Meu caro leitor, está muito
claro que a obra sem o coração não passa de uma visão e uma visão sem amor não
mudará as opiniões! Somos produto de nossas ações e vontade. No exercício da
vida esteja ela na dimensão terrena ou na dimensão extracorpórea nos manifestamos
de acordo com as premissas e crenças que buscamos diariamente para a construção
e lapidação de nossa existência. Cabe a cada um de nós identificar onde se dará
a melhoria tão esperada e prover os meios para alcançá-la. Permanecer estagnado
e esperar por um milagre de Deus, a transformação interior é uma utopia. A cada
leitura dos livros do Dr. Inácio fundamentados na doutrina espírita e na vida
entre dois mundos, observo que a linha de divisão entre a dimensão espiritual e
a terrena cada vez mais se torna tênue, o cotidiano entre os dois planos se
sobrepõem, mas a mensagem sempre é a mesma entre ambos, esteja onde estiver, o
homem e seus mundos são criação de Deus e como nosso Pai maior ele deseja a evolução
de seus filhos. Cabe a cada um de nós compreender a razão pela qual nossas
vidas se movem a milhares de anos entre estas duas dimensões a terrena e a
espiritual, porém somente pela leitura adquiriremos o conhecimento necessário para
entender por quais desígnios moral estamos neste processo de reencarnação e
desencarnação, o post de hoje me
lembra uma frase do iogue e guru indiano Paramahansa
Yogananda:
“Somente você é responsável por si
mesmo. Ninguém mais pode responder por
seus deveres quando o ajuste final chegar. O seu trabalho no mundo - na
esfera onde o seu karma, sua própria atividade passada, colocou você -
pode ser realizado somente por uma pessoa: você mesmo. E o seu trabalho
pode ser denominado um "sucesso" somente quando, de alguma maneira, servir aos seus semelhantes.”
pode ser denominado um "sucesso" somente quando, de alguma maneira, servir aos seus semelhantes.”
Prof. Sidney Santana
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