Somos arquitetos de nossa própria estrada e seremos conhecidos pela influência que projetamos naqueles que nos cercam.

O G8 e a redução de gases na atmosfera

Tenho observado na internet que há um movimento vertiginoso referente a programas e ações de sustentabilidade para o meio ambiente com uma chamada especial para os países membros do G8 que já cumpriram suas metas do Protocolo de Kyoto em relação a redução da emissão de gases que provocam o efeito estufa, responsável pelo aquecimento global. Infelizmente viajei em meus devaneios quando vislumbrei um cenário totalmente diferente do atual, há muita conversa e pouca disposição para reverter o estado atual de degradação ambiental do planeta, o instituto WWF - Brasil divulgou o relatório "G8 Climate Scorecards 2009", publicando os resultados dos esforços de cada país membro do G8 (Canadá, EUA, Rússia, Japão, Itália, França, Reino Unido e Alemanha) no cumprimento do protocolo de Kyoto, além destes países o relatório também divulga as ações dos 5 emergentes (Brasil. China, Índia, México e África do Sul) que não tem metas a cumprir.
Os fatos apontados no relatório nos remetem a uma cena de filmes de ficção do tipo Mad Max ou pelo menos estamos caminhando para tal condição, os países integrantes do G8 deveriam ter reduzido suas emissões de gases para atmosfera em tor
no de 5,2% em relaçã
o aos níveis de 1999 no período entre 2008 a 2012, porém há variações nos resultados obtidos, alguns investindo pesadamente em legislação e ações e outros acreditando em mudanças voluntárias dentro do país. Com base no relatório criei alguns gráficos enumerando os países desenvolvidos e emergentes de acordo com o rank de CO2 emitido para a atmosfera, como projeção para 2010. A China e EUA são responsáveis por 60% dos gases emitidos entre os 13 países, impressionante este número! O relatório emitido pelo WWF aponta no grupo do G8 os EUA como o sétimo país mais atrasado no cumprimento do protocolo de Kyoto. A China não ficou em último lugar porque não faz parte do grupo de países mais desenvolvidos, mas está aí a sua contribuição.
Entre as ações que estes países estão adotando ou deveriam adotar para reduzir a emissão de CO2, algumas delas são citadas a seguir: a Alemanha é um bom exemplo, já que se tornou o primeiro país a cumprir sua meta de redução de emissão de gases, podemos destacar sua participação efetiva no comércio de emissões de gases por meio de programas de c
rédito para investimento em pequenas e médias empresas na busca da eficiência energética, na indústria automobilística exigência da redução de emissão de gases nos novos veículos, etiquetas de eficiência energética, no setor doméstico financiamento para a construção de edificações com normas ambientais, etc... Dentre os países poluidores no grupo do G8 o Canadá é aquele que menos tem feito para minimizar os efeitos do aquecimento global.
O Brasil merece um parágrafo especial, ocupando o sexto lugar no gráfico acima ele é apontado entre os países emergentes como um dos que vem adotando várias medidas para a redução do CO2 na atmosfera, apesar de sabermos o quanto a queimada da floresta tropical amazônica contribui para emissão deste gás, dentre as medidas apontadas podemos citar no segmento de eletricidade o PROCEL - Programa Nacional de Conservação de Energia, em andamento vários projetos de usinas hidrelétricas, importação de gás natural e em centrais de cogeração, planejamento para elevar o percentual de energias renováveis, já para o segmento da indústria o estabelecimento de
normas de desempenho energético e motores elétricos, programa de racionalização do óleo, gás e seus derivados, no segmento doméstico se destaca a rotulagem informando a eficiência energética dos eletrodomésticos, incentivo para instalações com energia solar, os fabricantes de veículos também dispõe de incentivos fiscais na fabricação de motores eficientes no tocante as energias não renováveis são citados o Proálcool, como um substitutivo a gasolina, o PROINFA um programa da Eletrobrás que tem como objetivo a diversificação da matriz energética brasileira buscando ampliar o uso de energias eólica, fotovoltaica e biomassa. Se você desejar obter uma opinião complementar sobre algum outro país, registre seu comentário em nosso blog "Planeta Terra Nosso Lar".


Prof. Me. Sidney Santana

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